segunda-feira, 24 de novembro de 2008

CAOS

Filme: Chaos (2006)
106 minutos - Ação
Canadá / Inglaterra / EUA
Roteiro e direção: Tony Giglio

Então, minha gente. O filme de domingo que ensejou a criação deste blog era Tin Man, que a gente acabou não assistindo por absoluta falta de indicação se valia a pena ou não. Aí acabamos assistindo Caos e assim esta é a resenha de estréia. Vamos lá.

Caos é aquele tipo de filme que tem tudo pra ser ótimo e acaba se mostrando uma decepção. Aliás, se eu tivesse que definir o filme com uma só frase, eu diria que é o exemplo perfeito de como um roteiro e uma direção ruins unidas a um elenco fraco podem destruir uma boa idéia. Você conhece a Teoria do Caos, certo? Aquela coisa de que "eventos aleatórios produzem reações aleatórias" e Efeito Borboleta e coisa e tal. Caos trabalha com essa idéia. Mais ainda, ele trabalha em cima do conceito de que eventos encadeados num determinado sentido podem estar encobrindo outros eventos inesperados. O que significa isso? Que o filme é cheio de reviravoltas. Ué, mas isso é uma coisa boa, não é? Aliás, se você for pesquisar as opiniões do pessoal no adorocinema, vai ver que todo mundo adorou o filme e achou surpreendente. Ok, meu amado namorado também acha que é e eu respeito muito a opinião dele. Mas então qual é o meu problema? Eu sou xarope? Ok, isso também é meio verdade, mas não é por aí. Sabe quando uma coisa não convence? Sabe quando o mocinho é inexpressivo, o bandido é canastrão, os personagens não têm profundidade suficiente, as coisas são mal explicadas numa tentativa de ousadia e dinamismo que não dão certo, os diálogos não são necessariamente nem bons nem originais e ainda por cima você percebe que a direção não é lá "essas coca-colas"? Pois é este o meu problema com este filme. Ele é movimentado, pretensamente inteligente, tem sua dose de tiros e explosões, mas pelo menos não toca hip-hop (graças a Deus). Todos os policiais são atingidos de raspão no mesmo lugar no braço por uma bala sempre mal mirada pelo bandido. Um bandido, aliás, que passa o filme inteiro vestido de preto, entrando e saindo dos lugares com um falso ar de misterioso, usando um chapeuzinho preto absolutamente ridículo.

A coisa toda começa num assalto a banco comandado por um bandido mauzão que manda chamar um policial durão que está suspenso por mal comportamento. Aí aparece o policial mocinho bonitinho pra ser parceiro do policial durão e só ele tem sensibilidade o suficiente pra notar que tem alguma coisa a mais ali. As investigações se desenrolam, gente morre, gente é baleada, dinheiro vai pra lá, dinheiro vem pra cá, oh! uma surpresa aqui e outra acolá e o final...adivinhe? Não, sem finais felizes, ainda bem. Conclusão? A idéia era boa, mas foi mal executada. Pegaram a teoria do caos e torceram que nem massa de biscoito pra se encaixar na história, dando um ar indisfarçável de coisa forçada. Se quiser ver um filme de ação razoavelzinho com algumas reviravoltas, vá em frente, assista a CAOS. Vá sem expectativas (talvez este tenha sido o meu problema maior) e talvez você possa se surpreender.

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